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O tecido mais nobre que existe.


A seda é uma fibra obtida a partir dos casulos do bicho-da-seda. A amoreira é uma pequena árvore em cujas folhas a lagarta responsável pela seda se desenvolve. As plantações desta árvore constituem um elemento essencial na produção do tecido. Atualmente, a seda é um dos tecidos mais imitados no mundo, seja por meio de fibras sintéticas, como a poliamida e o poliéster, como por fibras artificiais como a viscose e o nylon. Então, vamos ver como tudo começou?


Acredita-se que o cultivo do bicho-da-seda foi iniciado na China por volta de 3000 a.C. O pensador e filósofo chinês Confúcio (551-479 a.C.) teria ajudado a divulgar a ideia de que o material foi descoberto pela imperatriz chinesa Hsi-Ling-Shi (ou Leizu). Confúcio conta que a esposa do Imperador Amarelo se deparou com um casulo do bicho-da-seda dentro da sua xícara de chá enquanto o tomava debaixo de uma amoreira. Assim, após o casulo ter sido amolecido pela água quente do chá, ela puxou a ponta de fio do casulo e fez com que o fino fio de seda se desenrolasse, espalhando-se pelo jardim.

Não se sabe até que ponto essa história é verdadeira ou pura fantasia. Seja como for, os historiadores estão de acordo de que a China foi a primeira civilização a utilizar a seda e o seu uso se difundiu pelo território chinês.


Como é um processo delicado na China, a criação de bichos-da-seda foi originalmente restrita às mulheres e, no primeiro milênio, o direito de usar seda foi reservado ao imperador e aos mais altos cargos da aristocracia Chinesa. A seda era, na época, sinal de grande riqueza, devido à sua aparência cintilante, criada pela estrutura prismática da fibra de seda, que era refratária à luz de todos os ângulos. Depois de algum tempo, a seda gradualmente se estendeu a outras classes da sociedade chinesa, embora fossem principalmente as classes nobres mais altas.


A China foi o único país que produziu a seda por mais de 3000 anos porque o Imperador Chinês manteve em segredo o processo de criação de seda e restringiu as quantidades. A principal rota comercial da história que ligava os maiores impérios deste tempo Chines e Romano ficou conhecida como “Rota da Seda”. O tecido de seda era visto como um tesouro secreto chinês já que ele era considerado o tecido mais caro e luxuoso em todo o mundo. Naquela época, a seda valia literalmente seu peso em ouro.

Com o tempo, outras civilizações descobriram o cultivo da seda como o Japão em 300 d.C., os bizantinos e os árabes em 522 d.C. E a seda sempre manteve seu status de luxo. Sendo assim, o Império Romano cresceu e o comércio de seda saiu da Itália e foi para o resto da Europa e África. Eventualmente, a distribuição centralizada romana convenceu muitos fabricantes de seda chineses e outros asiáticos/orientais médios a se estabelecerem na Itália para fornecer um fluxo constante de seda para o mercado romano.


No século XVII o rei francês viu uma oportunidade e convidou produtores italianos para a França. Como resultado, tanto a indústria de seda francesa quanto a italiana de longa data disputaram o domínio no continente europeu. É importante notar que a seda permaneceu um material de luxo em toda a Europa por centenas de anos, sendo reservada principalmente para aristocratas e realeza. A seda também foi usada na decoração para mostrar a riqueza, por exemplo, Maria Antonieta, a última rainha da França, vestiu não apenas ela mesma, mas as paredes de seu quarto no Palácio de Versalhes, em seda.


No século XIX, enquanto a França e a Itália dominavam a moda europeia, na outra parte do mundo, o Japão emergiu como a principal nação produtora de seda do mundo. Mas afinal, como que a seda chegou no Brasil?


A sed foi introduzida no Brasil durante o reinado de D. Pedro I, mas só graças à grande imigração Japonesa que a seda ganhou nova vida no Brasil. Hoje, a seda brasileira é considerada um dos melhores seda do mundo, mas isso é uma conversa para outro dia.


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